Na escola
Cheirava cola
Saltava muros
Dava murros
Era porrada
Por tudo e por nada
Fui expulso
Não queria um curso
Trabalhei nas obras
Comia sobras
Queria uma mansão
Guiar um carrão
Para quê comprar
Se podia roubar
Conheci uma rapariga
Tornou-se amiga
Riu-se de mim
Foi o fim
Safou-se por um triz
Com uma cicatriz
Na prisão
Encontrei o islão
O mundo é imoral
Está tudo mal
Aos quarenta de idade
Saí em liberdade
No além
Tudo estará bem
Vou deixar esta vida
Num ataque suicida
Deixar este reboliço
Ir para o paraíso
Está na hora
É agora
A bomba a explodir
Eu a sorrir
Há vida depois da morte
Estou com sorte
As setenta e duas
Vão ser tuas
Tenho um tipo ao pé
Deve ser Maomé
Ouve lá
Diz-me cá
Fiz a minha luta
Quero uma festa maluca
Não sabes de nada
Queres uma chapada
Diz que é Buda
Ah, filho da puta