Lá estava o Herman José vestido com as suas camisas aos quadrados, provando mais uma vez que ele é um grande quadradão; ao lado estava também a escritora Rita Ferro e uma outra que não sei bem quem é mas que se chama qualquer coisa do género Ana Mesquinha, ambas enroladas em peles. Não, não eram as peles penduradas do bócio da Rita Ferro, eram peles de animais.
Pelo que vi, percebi que eram todos fãs do uso de peles.
A Rita Ferro começou por descrever que os visons têm de ser "escalpados" vivos para não danificar a pele que vai ser usada no vestuário. Sendo ela uma escritora deveria saber que "escalpar" é tirar o escalpe, e que a palavra correcta seria "esfolar". Mas também não se pode pedir a um escritor que conheça as palavras todas. Adiante.
Depois argumentou mais ou menos assim: são hipócritas aqueles que condenam o uso de peles porque se usamos ténis e computadores feitos em fábricas de escravos na China, se as lagostas são cozidas vivas e existem diamantes de sangue no mercado, então mais uma crueldade no mundo não faz mal. Ao ouvir isto o comité do prémio Nobel já a pré-seleccionou para o prémio Nobel da Paz, porque isto é uma mulher de causas!
Depois veio a Anã Mesquinha. Já repararam, disse ela, que os pré-históricos caçavam os animais e usam as suas peles para se protegerem do frio. Folgo em saber quais são as suas referências. E tal como os pré-históricos ela penteia-se com um osso, lava-se numa poça de lama, vive numa caverna e sabe poucas mais palavras do que "uga-buga".
PS: Se as fotografias tiverem direitos de autor e quiserem que as retire, é um favor que me fazem.
